meus contos meus assombros

quando o inferno estiver cheio os mortos andaram pela terra

Textos


A VIDA E AS FAÇANHAS DE RODRIGO DO DIABO

Romance de Cavalaria: Essa história e uma adaptação de um antigo romance de cavalaria (a vida e a outra vida de Roberto do Diabo) de autoria desconhecida. Eu mudei os nomes dos personagens, e modifiquei partes da estória mais a base e a mesma, eu não sou o autor mais adaptei o texto original.
O romance de cavalaria (ou novela) surgiu por volta do século XV, oriundo dos antigos poemas de assuntos guerreiros chamados canções de gesta. Daí os romances de cavalaria narrarem as proezas praticadas pelos cavaleiros andantes medievais, inicialmente escritos em versos passaram a prosa.
A vida e as façanhas de Rodrigo do Diabo
Há muitos anos no período medieval, vivia na antiga Andaluzia na atual Espanha, um Duque, por nome Godofredo de Gusmão, senhor de muitas terras e castelos, amado por seus súditos como um bom e justo governante, era casado com a duquesa Olivia de Gusmão. O Duque amava sua esposa, mulher jovem e muito bonita, eles tinham tudo para serem felizes mais havia um problema, estavam casados há sete anos mais a duquesa não dava um herdeiro ao duque, era estéril. A pobre mulher se desesperava, naqueles tempos a mulher que não dava um filho para seu marido, era visto com desprezo, era vital que o duque tivesse um herdeiro de seu nome, de seu título de suas propriedades, sendo assim esse fato era motivo de angustia e sofrimento para o casal, a duquesa temia que o marido pedisse o divórcio e casasse com outra.
Mas isso não aconteceria, o Duque amava muito a esposa ele nunca se separaria dela, mais a esterilidade fazia a pobre mulher sofrer muito.
Uma noite o Duque chegou de uma caçada, estava feliz, havia abatido muitas presas procuro a mulher, ela estava no quarto chorando lastimando sua sorte, foram tantas promessas, aos santos, tantas velas acesas mais nada a duquesa não engravidava. A mulher Gritava feito louca maldizia sua sorte, o Duque chegou alegre abriu as janelas contou da caçada, riu, chegou perto da mulher disse a ela que não ligasse que esquecesse que era bonita pegou sua mão cuidadosa despiu sua roupa, acariciou e beijou seus seios, o corpo da duquesa foi cedendo, ela abraçou aquele homem, os dois rolam pela cama entrego um ao outro – quem sabe mulher, hoje será diferente quem sabe desta vez Deus nos permita alcançar nosso sonho?-
A mulher gritou – nem que sejam em nome do diabo – os dois corpos se unem formando um só, a mulher no seu desespero grita –ao diabo eu ofereço o fruto do nosso amor – não diga isso mulher – diz o Duque, mais eles se amam naquela noite.
Meses se passam a duquesa enfim engravida o Duque não cabe em si de tanta felicidade, o reino todo está feliz com a chegada do herdeiro. Homens e mulheres sorriem e cantam, no dia do nascimento, porém mau presságio caiu uma forte tempestade, sombras vermelhas surgiram no céu os sinos dobravam sem parar anunciando perigo, morte mais também esperança e vida.
Criança em tempo algum foi mais esperada por tantos, o duque chorava ria, abraçava os amigos brindava, pegava o filho beijava, dava graças, saia com a criança dançando pelas escadarias do castelo o menino era grande e forte e muito bonito foi chamado de Rodrigo de Gusmão.
Em pouco tempo começaram os problemas, deixou ferido o peito da mãe, tinham fome, amas de leite vieram, e nada Rodrigo queria carne. Com um ano falava corretamente, com dois, percorria os corredores do castelo sozinho, era astuto e foi revelando sua natureza diabólica. Aos cinco anos já sabia dar ordens, mandar e desmandar, aos dez anos, sabia humilhar, maltratar os criados como era o filho do duque, era protegido e mimado. Fazia toda a sorte de traquinagens colocava sal nos doces e açúcar nas comidas salgadas só pra ver a reação das pessoas. Mentia e levantava falso como ninguém acusava um criado de roubo só para ver o coitado ser castigado. Não brincava, brigava, não cantava, gritava, não sorria, dava gargalhadas com o sofrimento dos outros. Aos doze anos era uma verdadeira peste, maltratava os animais, botava cachorro para brigar com outro, judiava com os animais, pássaros, gatos, ratos e lagartixas ele os queimavam os espetavam com facas e os atiravam do alto dos muros, matou um cavalo de tanto galope, espancava os outros meninos e infernizava a vida das meninas, beliscava e puxava os cabelos. Todos tinham medo ninguém queria ser amigo dele, Rodrigo ia se isolando na sua maldade. Caçava pelo prazer de ferir, fascinado ficava olhando o bicho sangrar até a morte. Os pais ficaram preocupados tinham tentado frear o mau comportamento do filho. O pai o chamava dava conselhos a mãe chorava procurava convencer o filho a se tornar uma pessoa de bem, mais tudo em vão Rodrigo não escutava ninguém, só fazia oque queria, e sempre era coisa ruim. As notícias corriam pelo ducado, fulano levou uma paulada, outro perdeu a vista, uma menina foi agarrada e beijada a força, pai nenhum queria filho ou filha perto de Rodrigo.
Outra coisa chamava atenção era a força sobre humana de Rodrigo, aos 15 anos ele já era capaz de derrubar um touro selvagem apenas com suas mãos, entortava uma barra de ferro de grande espessura, ele participava de lutas na rua, e sempre ganhava, todos apostavam no filho do duque, ele vencia homens bem maiores que ele, bebia se embriagava e quebrava as tavernas do ducado, já frequentava as casas de prostituição e acabava sempre batendo nas pobres mulheres. Para piorar se juntou a um bando de garotos como ele e passam a fazer toda sorte de arruaças nas ruas, atacam mulheres batem em mendigos e crianças e infernizam os velhos. Um dia ele e seu bando atacaram um rebanho de ovelhas mataram todas apenas pelo prazer de matar causando enorme prejuízo ao dono do rebanho. As reclamações choviam no gabinete do duque. Por fim o duque cansado de tantas reclamações resolve contratar um professor particular para Rodrigo, um velho mestre escola homem culto e honrado, através dele Rodrigo conheceu a filosofia, a matemática, a linguagem dos astros, as ciências, o moço perguntava sobre tudo, indagava tinham fome de saber, por um tempo ele melhorou seu comportamento, se entregou ao estudo, mais descobriu no conhecimento, outras formas de fazer o mau, se sentia arrogante e orgulhoso agora humilhava as pessoas pelo seu conhecimento, superior de fato num período de um ano professor não tinha nada mais para ensinar, Rodrigo já sabia de tudo, agora além da força tinha conhecimento, e voltou a sua vida bandida, aos 16 anos ele comete seu primeiro assassinato.
Rodrigo tinha atacado uma moça, ele a estuprou, como era filho do duque nada aconteceu, os irmãos resolveram vingar a honra da irmã eram cinco rapazes armados de paus e facas, atacaram Rodrigo na estrada numa emboscada, ele venceu, a briga, feriu a todos um deixou aleijado outro entre a vida e a morte os outros fugiram para não morrer, Rodrigo era muito forte.
O velho mestre chamou Rodrigo o repreendeu pelo que ele fez os dois discutiram, a resposta veio uma cusparada na cara do professor ele bateu na cara de Rodrigo, o mestre foi esfaqueado e morto.
A notícia correu o ducado, o filho do duque matou o professor, era um assassino, a mãe chorou se desesperou, o pai ficou furioso mais Rodrigo não demostrava arrependimento, ficou impune como sempre, sem alternativa o duque resolveu mandar o Garoto, para a cavalaria, ali talvez ele se regenere, aprenda a ser um homem de bem, e honrado talvez os princípios morais e a disciplina militar consigam tornar Rodrigo um bom rapaz. Como estava enganado assim aos 17 anos ele foi para escola de cavaleiros em Madri, nos primeiros dois anos ele seguiu as regras da cavalaria, foi um aluno exemplar, mais sua natureza diabólica sempre prevalecia, no último ano ele voltou a se comportar mal, indisciplinado e violento, mais ao completar 21 anos apesar dos problemas Rodrigo iria se armado cavaleiro, após cinco anos na escola de cavaleiros, Rodrigo volta triunfante, agora era mestre na arte da guerra, sabia manejar uma espada como ninguém, além da força e inteligência agora tinham a pericia de um soldado profissional, e, além disso, se tornou um belo rapaz todas ás moças suspiravam por ele, alto musculoso e altivo. Quando ele passou pelas ruas da cidade em seu cavalo negro, todos pareciam ter esquecido as maldades praticadas no passado, os pais estavam orgulhosos, Rodrigo era gentil e educado com todos não parecia ser a mesma pessoa mais no fundo ele continuava sendo o mesmo.
Numa festa colorida Rodrigo iria entre outros jovens ser armado oficialmente cavaleiro, vieram gentes de terras distantes, trombetas e elmos cintilavam ao sol.
O Duque emocionado acompanhava os movimentos do filho sobre seu bem adestrado cavalo negro, na praça central Rodrigo e mais doze cavaleiros em lustrosas armaduras fariam demonstrações de suas habilidades marciais, nas justas em embates simulados para mostrar sua pericia com as armas, o espetáculo era belo as famílias aplaudiam seus filhos, ate que chegou a vez de Rodrigo. Cavalgando seu corcel negro avançou contra o rival derrubando brutalmente com a ponta de sua lança, depois saltou do cavalo, sacou sua espada e cortou a cabeça do jovem oponente, e mostrou triunfante a cabeça do derrotado para a multidão horrorizada, Rodrigo fica rindo de todos. Sua natureza maligna se manifestava em toda a sua crueza.
O Duque ficou de pé horrorizado a Duquesa desmaia de tristeza e vergonha, o povo revoltado, mulheres assustadas gritavam no palanque. Os homens sacavam suas espadas, a multidão começa a jogar pedras em Rodrigo, ele se defende com o escudo e investe contra o povo como um tigre ferido, um animal selvagem acuado acontece um grande tumulto, a multidão foge apavorados alguns morrem pisoteados no desespero da fuga , houve luta , houve morte, houve vergonha todos gritavam – monstro - Rodrigo mata vários soldados e pessoas inocentes, monta em seu cavalo negro e dispara sujo de saguem de suas vitimas, ninguém consegue para-lo a parti desse dia passa a ser chamado de Rodrigo do Diabo. Ele não volta mais para sua casa para sua família se torna um marginal, um bandido, um desordeiro. Logo ele forma uma verdadeira gang de malfeitores, passa a viver de roubos, seus crimes incluem também, assassinatos, sequestros e estupros, todos temem Rodrigo do Diabo o renegado, o bandido, o monstro. Dizia-se que onde Rodrigo pisava não nascia mais grama, sua terrível fama era tal, que bastava seu nome ser pronunciado todos tremiam de medo, todas portas se fechavam, todos fugiam com medo de Rodrigo e seu bando, eram o terror de toda Andaluzia.
Um dia o Duque proclamou – prenda meu filho ele esta louco quero Rodrigo nas grades do calabouço - mais Rodrigo e seus homens eram invencíveis enfrentou os soldados venceu patrulhas escapou, isso apenas atiçava seu ódio a tudo e a todos, invadia casas queimando e violando ,enterrava pessoas vivas, torturava e queimavam vitimas indefesas o povo temeroso o amaldiçoava o pai dizia – desgraçado eu o renego não é mais meu filho - diz o duque furioso, Rodrigo perdeu tudo sua família, seu titulo, suas terras sua honra agora leva uma vida de loucas aventuras e perversidades não teme nem Deus nem homens. No castelo a mãe de Rodrigo chora se desespera, fica profundamente triste não sai mais vive isolado do mundo em seu quarto mais morta do que viva. Está deprimida pensa em se matar.
Rodrigo e seu bando passam a viver numa fortaleza de pedra abandonada, no alto de um monte, ali se torna seu covil, seu esconderijo, para ali eles levam o fruto de seus roubos, Rodrigo era inteligente, ele recruta rapazes de aparência franzina, bem vestidos como todos temiam Rodrigo e seu bando ninguém negociava com eles sendo assim como eles iriam gastar os tesouros roubados? Então ele enviava esses rapazes que ninguém sabia que pertenciam a o bando eles compravam os mantimentos necessários, Rodrigo também ensinou as artes da guerra aos bandidos do seu bando, isso tornou o grupo de Rodrigo o mais eficiente bando de malfeitores de toda Andaluzia. O próprio Rei da Espanha ouviu falar nas façanhas do tal Rodrigo do Diabo e pensou em mandar um exercito caçar o malfeitor e traze-lo vivo ou morto para Madri.
O pai de Rodrigo o duque Godofredo de Gusmão numa ultima tentativa de chamar o filho à razão, enviou emissários dez de seus melhores cavaleiros, ate o covil de Rodrigo com uma proposta de perdão de seus crimes desde que ele retornasse e prometesse abandonar aquela vida dissoluta, a resposta de Rodrigo veio numa manhã, os dez cavaleiros surgiram todos amarrados a seus cavalos conduzidos por um deles, nove deles tinham seus olhos vazadas pelo próprio Rodrigo e um teve sô um olho vasado, para poder guiar os outros, a partir desse dia o pai de Rodrigo desistiu do filho, ele o condenou a morte – cacem Rodrigo, quero que seja morto e sua cabeça deve ser trazida para mim – a pobre duquesa ficou doente, diziam que era de tristeza não levantava mais da cama. Surgiram problemas Godofredo foi para Madri falar com o Rei, e o Duque viajou mais deixou ordens claras de caçar Rodrigo como um animal. Essa e historia da primeira vida de Rodrigo do Diabo.
Certa noite Rodrigo e seus comparsas estavam na fortaleza de pedra bebendo e comemorando sua ultima façanha, assavam carne se embriagavam com vinho e trouxeram prostitutas, foi então que Rodrigo sentiu pela primeira vez na vida um sentimento estranho, uma tristeza sem fim, uma melancolia, lá no fundo de sua alma enegrecida pelo mau, ele sentiu uma pontinha de remorso, pelos crimes e maldades que fazia mais ele desconhecia esse sentimento, ele não entendia oque sentia, sentado sobre uma pedra Rodrigo do Diabo não está feliz, por mais que comece e bebesse, ele não sentia alegria apenas aquela tristeza estranha, então para a surpresa de todos ele resolveu sair daquele lugar, e cavalgar sozinho pela estrada, monta seu cavalo negro e sai cavalgando, vai pra longe da fortaleza era noite de lua cheia a claridade lunar permitia que ele avistasse bem o caminho, foi galopando , galopando ate perto de um lago, o silencio era profundo, a natureza estava toda em paz dormindo, menos Rodrigo ele continuava sentindo aquela angustia aquela tristeza estranha, então a o longe ele houve cânticos ele desmonta e se esconde na floresta, era um grupo de padres, sete ao todo, cantava em latim um canto religioso, ai o coração de Rodrigo se encheu daquela fúria assassina que sempre se manifestava, principalmente contra religiosos, ele saca a espada, ataca os pobres monges, ele mata todos e corta as cabeças deles, e pendura nos galhos de uma arvore passada a fúria Rodrigo volta a sentir aquela tristeza aquela angustia, ele olha para suas mãos sujas de sangue de suas vitimas, e senti nojo, de si mesmo, corre ate o lago e tenta lavar o sangue, mais não consegue o sangue permanece nas suas mãos, ele se enche de raiva de sim mesmo, pensa na mãe no pai, em todos que ele matou e violentou ele monta no cavalo sai em dispara pela noite, ele dá socos nas arvores as derruba, Rodrigo era muito forte.
Por fim ele para desmonta do cavalo e senta numa pedra então ele avista alguém vindo na estrada, era um andarilho, um monge, era idoso tinham longas barbas brancas, andava com dificuldade com um cajado, trajava um amanto marro sujo e puído e um capuz cobria sua cabeça a o ver o monge Rodrigo não sentiu vontade de matar, o monge veio vindo quando chegou perto, Rodrigo se levantou e foi de encontro ao monge e disse – alto, quem é você? Que passa pela minha estrada? - o bom velho olhou para o jovem arrogante de armadura e responde – sua estrada? Eu não sabia que ela tinha dono, eu sou um monge estou a caminho da Igreja de São Tiago de Conpostela cumprindo uma penitência – Rodrigo sorriu ele tinha um profundo desprezo pelos religiosos mais não tinha a intenção de matar o velho talvez apenas assusta-lo – sabe quem eu sou velho? - não – respondeu o monge – sou Rodrigo do Diabo – ele esperava que o velhote ao ouvir seu nome caísse de joelhos implorando por sua vida se borrando de medo, mais não foi isso que aconteceu o ancião olhou bem nos olhos de Rodrigo coisa que ninguém ousava fazer e disse – sim eu sei quem você é mais também vejo uma alma perdida e atormentada por uma dor que não sabe de onde vem – aquela resposta deixou Rodrigo admirado era isso que ele sentia, mais como ele sabia? E porque não tinha medo dele? - Rodrigo sorriu e disse sempre com aquele tom autoritário – você tem muita coragem velho, me responder dessa forma sabia que posso te matar e pendurar tua cabeça no alto de uma arvore – o ancião respondeu sem demonstrar medo – sei que você pode fazer isso, mais se essa for a vontade de Deus aceito o meu destino – ao ouvir o nome de Deus Rodrigo se enche de raiva e grita – Deus? Que Deus? - o criador do céu e da terra aquele que te criou meu filho – não sei se isso existe mais você disse que viu em mim tristeza e angustia? Vamos conversar um pouco admiro sua coragem – o ancião então sentou sobre uma pedra junto com Rodrigo, pela primeira vez na vida Rodrigo sentiu certa simpatia por alguém o corajoso monge.
Rodrigo indagou – além de minha angustia oque mais o senhor enxerga em mim? - vejo uma vida sem sentido uma alma perdida que precisa de ajuda e redenção - redenção? Seria possível? - tudo é possível para Deus meu filho – Deus? Será possível eu mudar de vida? - se você desejar sinceramente sim, - sabe oque me angustia ancião é esse desejo cego de fazer o mau, essa raiva que eu tenho do mundo, dos homens e de Deus, desde que me entendo por gente que essa fúria me domina e eu não sei por que, eu queria saber por que sinto isso dentro de mim – olhe meu filho eu não sei mais Deus pode te orientar – mais como senhor há muitos anos que eu virei às costas para isso que chama Deus – vamos fazer o seguinte essa noite eu vou pedir a Deus que me ilumine para encontrar uma resposta para sua pergunta creio que ele me responderá – este bem ancião vou confiar no senhor, não sei por que mais vou confiar – Rodrigo e o monge se deitaram e dormiram ali mesmo no mato, na manhã seguinte Rodrigo desperta e logo encontra o monge de joelhos rezando – monge Deus respondeu sua oração? - o velho monge olhou para o cavaleiro e respondeu – sim meu filho Deus me respondeu você deve procurar sua mãe ela sabe a resposta – minha mãe? - sim ela pode dizer tudo pra você- fazia anos que ele não falava com a mãe, de repente bateu uma saudade, uma vontade imensa de rever sua progenitora – o ancião falou – vá Rodrigo, fale com sua mãe depois volte aqui eu estarei esperando – sim monge eu farei isso – o cavaleiro montou em seu corcel negro e rápido como o vento galopou para antiga casa, o castelo de seus pais.
Assim que Rodrigo do Diabo despontou na estrada para o castelo todos ficaram atarantados, a vila inteira fechou suas portas, homens e mulheres fugiram aterrorizados ate os guardas não tiveram coragem de enfrentar o cavaleiro e também fugiram com medo dele quando ele chegou aos muros do castelo os guardas do alto ficaram apavorados, ele gritou – abram a porta desejo falar com minha mãe – senhor Rodrigo tenho ordens para não deixar o senhor entrar – eu vim em paz, não precisam temer vou deixar minhas armas e meu cavalo aqui fora – os guardas ficaram confusos atitude de Rodrigo era estranha ele praticamente estava se entregando se rendendo sem luta, acontece que o pai de Rodrigo ainda não tinham voltado de viagem, sendo assim a única pessoa que podia autorizar à entrada dele era a mãe, um guarda foi ate o quarto e anunciou – minha senhora o seu filho Rodrigo esta ai e que falar com a senhora - a pobre mulher que estava doente acamada há muitos meses arregalou os olhos e disse – meu filho há quanto tempo, hoooo o deixe entrar quero velo antes de morrer - apesar do receio os guardas abrem as portas Rodrigo entra passo firme e altivo, todos se escondem com medo dele, os criados e os cortesãos estavam todos apavorados ninguém confiava nele, os guardas o seguiam com as espadas desembainhadas , ele olhava e dizia – não tenham medo eu não pretendo fazer mal a ninguém só quero falar com minha mãe só isso -ele entra no quarto sempre sob a vigilância dos guardas, mãe e filho se abraçam , choram, riem, Rodrigo pergunta a ela porque ele é daquele jeito mau e violento a pobre mulher conta tudo que no seu desespero entregou o filho ao Diabo, se sente culpada de tudo, Rodrigo fica pasmo – então é isso eu sou amaldiçoado, o Diabo domina meu coração e agora o que faço - diz ele – a mãe pede para ele se arrepender e mudar de vida, em lágrimas ele se despede da mãe que nunca mais veria, pois ela morreria poucos dias depois. Rodrigo galopa com o vento, o coração queimando por dentro uma vontade enorme de mudar de vida de se tornar outra pessoa, por fim chega a o lugar onde o monge estava o aguardando, ele conta tudo e diz – e agora senhor monge como posso me libertar dessa maldição não quero mais fazer o mau quero mudar de vida – reconhecer seus pecados e o primeiro passo meu filho, mais agora e preciso mudar realmente, mais tudo na vida tem um preço, e você precisa pagar por seus erros – sim ancião eu desejo sinceramente mudar de vida – O monge então falou - a partir de hoje nunca mais você vou derramar sangue inocente, apenas em legitima defesa ou por uma causa justa - sim ancião eu prometo – agora volte para seus antigos camaradas de bandidagem acabe com o bando você não vai mais precisar deles – dito e feito, Rodrigo monta seu cavalo e volta a seu esconderijo na montanha, chegando lá seus camaradas de bandidagem ficam surpresos - ei onde tem andado chefe estamos a sua procura, soubemos que uma carroça repleta de barras de outro vai passar nos próximos dias vamos planejar o assalto – Rodrigo desmonta encara seus companheiros de bando tira o elmo, e fala – meus amigos, tenho algo para falar, resolvi deixar essa vida de crimes, não quero mais praticar o mau, esse bando esta desfeito cada um siga seu caminho - os bandidos ficaram atônitos se olhavam incrédulos então começaram rir achando que era uma brincadeira de Rodrigo um dele disse – boa piada chefe, mais agora vamos ao que interessa o roubo – o cavaleiro responde - não vocês não me entendem não vou mais roubar ninguém, não quero mais essa vida, chega de roubar e matar – ele fala com firmeza os bandidos percebem que ele fala serio, então a reação é violenta, um deles grita – oque você esta dizendo? Nossas cabeças estão a prêmio, por sua causa nos fomos condenados a forca, agora você vem com essa conversa mole de mudar de vida não senhor desse bando só se sai com a morte - todos pegam em armas e cercam Rodrigo furiosos – escutem não quero lutar com vocês vão embora – nunca maldito tu agora vai morrer seu traidor – berrou um mau feitor então eles atacam Rodrigo, paus e pedras, facas e lanças eles lançam contra o cavaleiro, forçado a se defender ele luta, com a ferocidade de sempre e a pericia de um soldado profissional, após 10 minutos de batalha sangrenta, estão todos mortos menos Rodrigo, coberto de sangue e com o corpo bem ferido ele se arrasta ate o cavalo sobe e dispara a toda velocidade, quando chega a o local de encontro com o monge , ele desaba parecia que iria morrer sucumbir aos ferimentos, mais o monge o socorre leva Rodrigo para uma caverna ali ele cuida de suas feridas e reza a Deus que dê outra chance a ele, como que por milagre rapidamente ele se recupera. Então o cavaleiro indaga – e agora ancião oque deve fazer para me redimir de todos os meus pecados - eu já sei Rodrigo Deus me orientou em sonho, você deve abandonar sua vida de cavaleiro, enterre sua espada sua armadura, solte seu cavalo, você deve renunciar a violência, nunca mais você lutara com ninguém a não ser quando Deus ordenar, - sim eu farei tudo isso – diz Rodrigo sinceramente arrependido de todo o mau que tinham feito ate aquele dia, - você não vai mais tomar banho, vai deixar sua barba crescer e seus cabelos, vai apenas usar trapos imundos como roupas, não poderá falar nada com ninguém, vai fingir que é um louco, vai pular como um macaco e a latir como um cachorro, só vai comer os restos junto com os cães, vai beber apenas a água da chuva, viveras como um animal de agora em diante, serás humilhado e desprezado por todos ate o dia em que Deus determinar, e nunca em hipótese alguma poderás reagir aos maus tratos dos outros contra você – Rodrigo baixou os olhos e suspirou e disse – sim monge farei isso tudo para limpar minha alma da maldade que pratiquei ate hoje – essa será sua penitência ate o dia que Deus determinar. - Agora começa a segunda a vida de Rodrigo do Diabo.
Após 15 dias de caminhada vivendo a base de esmolas ou de frutas encontradas nas matas Rodrigo chega ao condado de Miramar e a cidade de Bela cruz governada por um Conde , Francisco de Orleans ele chega sujo, magro, barbudo, cabeludo de unhas grandes, não diz uma palavra, apenas late como um cão anda de quatro logo chama a atenção dos moradores da cidade que acham graça daquela criatura estranha, Rodrigo sobe nas arvores da praça central da cidade, da cambalhotas e saltos como um macaco, uma pequena multidão acompanha as palhaçadas de Rodrigo, as pessoas passam a chamar Rodrigo de homem macaco, outros o chamam de homem cachorro, jogam restos de comida para ele. Rodrigo vive nas ruas com os cães coberto de piolhos e pulgas, com o passar do tempo, começam os maus tratos, os meninos jogavam pedras nele, outros cuspiam, os velhos batiam nele com paus, ate os mendigos da rua urinavam nele quando dormia, era uma vida miserável de privações humilhações e agressões. O temido e poderoso Rodrigo do Diabo agora eram apenas um farrapo humano, um nada.
Rodrigo estava nessa vida miserável já há três anos, então ele teve um sonho, no sonho o monge aparece e diz - Rodrigo o fim de sua penitencia se aproxima, amanhã fique atento na praça da cidade, uma carruagem vai aparecer e o Conde o senhor da cidade se aproxime dele – naquela manhã Rodrigo acordou pensando no sonho, então fez oque o monge ordenou, após catar restos de comida nas ruas, ele vai para a praça e fica esperando não demora muito e surge uma bela e luxuosa carruagem, nela vinham o senhor da cidade o Conde Francisco desce para monitorar obras que estavam sendo feitas na praça, então ele vê Rodrigo o homem cachorro, dando saltos e subindo nas arvores o conde acha engraçado e pergunta – quem é aquela criatura? – um dos criados do conde explica- há meu senhor e o homem macaco que vive aqui nessa praça – o nobre acha graça, Rodrigo corre até o conde de quatro se comporta como um cão late lambe os pés do nobre que sente pena dele e diz – tragam essa criatura para o palácio vivera no canil junto com meus cães, ele me diverte – dito e feito os criados colocaram uma coleira em Rodrigo, e o levaram como um cão para o canil, Rodrigo passou ater uma vida mais confortável, tinha alimentação e agua garantida e um lugar para morar junto com os cães tomava banho nas fontes do jardim já não cheirava tão mal, os tratadores dos cães cuidavam dele limpavam as pulgas e piolhos, (mais continuava sendo um homem cão, um louco) e passeava pelos jardins do castelo sempre de quatro e muitas vezes era levado para o salão principal do castelo para fazer palhaçadas e divertir o conde e seus corteses, era um tipo de bobo da coorte.
Hora acontece que o Conde tinha uma filha, uma princesa, donzela formosa mulher de sonho linda e meiga como uma flor do campo o tesouro mais doce do pai a fortuna mais meiga, no entanto havia um problema a pobrezinha era muda não pronunciava uma palavra desde a morte da mãe a Condessa. Isso era motivo de grande desgosto para o suserano, todos os médicos do reino foram chamados mais ninguém conseguiu resolver o problema, nunca ninguém jamais conseguiu tirar uma palavra da boca da princesa o fato e que a menina estava na idade de casar aos dezessete anos jeito de fêmea, seios pequenos e rijos quanta graça no seu riso no andar selvagem nas mãos delicadas ajeitando a cabeleira loira, não falava a moça mais o corpo, o olhos seus gestos falavam bem alto.
A princesinha seria dada como esposa a alguém, mais problema e que a garota rejeitava todos os pretendentes que surgiam, reis, príncipes e condes viam de todas as partes para cortejar a princesa que se chamava Ifigênia, o pai porem só entregaria a princesa para aquele que ela aprovasse, ele respeitava a vontade da filha. Rodrigo sempre via a linda princesa e pensava consigo mesmo – há se eu não estivesse nessa condição miserável, como e linda, quem sabe um dia – suspirava o pobre Rodrigo, talvez pela primeira vez na vida ele sentisse amor verdadeiro por uma mulher – a princesinha achava graça sempre que via o homem cachorro ela não o maltratava dava comida para ele, e às vezes ate afagava a cabeça dele, ele lambei a mãozinha dela, como um cão faria, se ela soubesse quem se escondia por traz daquela aparência animalesca.
Certo almirante, homem de muitos poderes mandou uma mensagem estava interessado na princesa pediu sua mão em casamento, o pai consultou a moça ela sorriu e com a cabeça disse não, o almirante queria casar com a princesa queria as terras do Conde e seus tesouros ele ambicionava ser o herdeiro do trono quando o Conde morresse.
Levou o não da princesa como descaso e desprezo. Então a nova mensagem é enviada, a o conde – não aceito a recusa, irei ai pessoalmente formalizar meu pedido – o rei ficou preocupado aquele homem era muito poderoso tinham uma esquadra e um numeroso exercito sob seu comando, não estava acostumado a ser desafiada, sua vontade sempre tinha de ser satisfeita, casar com a princesa Ifigênia se tornou uma questão de honra era inadmissível que a simples vontade de uma menina pudesse prevalecer sobre sua ambição, o grande almirante Asdrúbal Canvesque III almirante da real armada e senhor do condado de Valencia, não admitia que sua vontade fosse contrariado por ninguém. O Conde sabia disso chamou a filha e tentou convence-la a aceitar – filha pelo bem do condado aceite a o pedido do almirante Asdrúbal- mais a garota estava irredutível, se recusava e chorava o pai que amava a filha mais que tudo não podia aceitar a infelicidade da filha que já não podia falar.
O Conde e todo o todo o condado, aguardava com receio a chegada do almirante, todos sabiam que uma guerra estava prestes a acontecer se a princesa negasse o pedido, aquele homem era de um orgulho e soberba infinitos. Nas profundezas escuras e sujas do canil, Rodrigo ouvia as noticias e percebia oque acontecia e pensava – não e justo a princesa casar com quem ela não ama – mais oque ele podia fazer? - o almirante e sua grande esquadra atravessam o oceano e chegam à costa do condado, a pequena marinha do conde não era páreo para aquele colosso, mais para o alivio de todos havia poucos barcos de guerra eram na maioria navios de passeio ou mesmo comercio. O Conde e uma grande comitiva foram receber o almirante que também era conde, o almirante desembarca com toda pompa e gloria, nunca se viu tamanha riqueza, carruagens folheadas a ouro, carregadas de presentes e artigos de luxo para o comércio.
O almirante e sua coorte, magnificamente trajados, eram acompanhados por uma companhia de cavalaria, com suas reluzentes armaduras, foram recebidos no porto da pequena cidade de Esmirna. Havia um palácio ali residência de verão do conde ele foi preparado para hospedar o ilustre visitante, além dele vieram músicos, comerciantes criados, escravos, nobres e soldados. Eram mais de cinco mil pessoas mais não era uma invasão armada, era uma missão de paz e boa vontade, o Conde vai ao encontro do almirante com toda dignidade e amabilidade possível – bem vindo senhor almirante ao Condado de Miramar, o sou o Conde Francisco Orleans é uma honra recebe-lo aqui-eu que me sinto honrado senhor sou Asdrúbal Cavensque III – oque o trás as minhas terras? – vim conhecer sua linda filha mais também estabelecer uma relação de comércio e amizade com seu povo – muito bem acredito que ela vai gostar de conhecer o senhor - assim espero, pois desejo me casar com ela – bem isso depende da vontade dela – ao ouvir isso ele ficou um-pouco aborrecido mais não perdeu a compostura - certamente que quando ela me conhecer vera que sou digno de seu amor –diz o almirante - sim certamente meu caro – responde o Conde Francisco - apesar do cavalheirismo havia uma tensão no ar, ambos os homens temiam o que poderia acontecer se a jovem não aceitasse a proposta do almirante. O conde conhecia sua filha e sabia que ela não aceitaria aquele homem de meia idade na casa dos 40 anos mais de Bela aparência alto, elegante e forte. Logo os comerciantes que vieram com a embaixada, passaram a vender e comprar os produtos do condado, a comitiva foi toda acomodada no palácio de verão, mais, os cavaleiros e os soldados seguiram viagem como escolta ate a capital do reino, o conde e o almirante iam numas das luxuosas carruagens folheadas a ouro, algumas carruagens levavam ricos presentes, peças de ouro e prata, vestidos luxuosos, e joias, para a princesa, como demonstração de seu poder e riqueza, lacaios iam a frente distribuindo moedas de ouro para as pessoas quando após um dia de viagem chegaram a capital, toda a cidade saiu para acompanhar o cortejo grandioso, 20 carruagens, uma companhia de cavalaria com 30 cavaleiros e mais 50 guardas e mais de 100 escravos, todos ficaram maravilhados com a riqueza e o poder do almirante mais havia uma ponta de temor se aquele homem tão rico e poderoso fosse rejeitado pela princesa oque poderia acontecer? A princesa Ifigênia por sua vez estava aflita em seu quarto não aquele homem, arrogante, como marido, ela saiu pra janela de seu quarto e viu o cortejo grandioso, e se admirou de todo aquele esplendor, logo ela seria chamada para conhecer seu pretendente. Rodrigo ficou sabendo de tudo ouvia os comentários dos criados, e dos soldados ele saiu do canil real e por um buraco na muralhado palácio saiu para a rua, se movendo com cuidado para não ser percebido ele viu a comitiva do poderoso almirante passar, - então e esse o tal pretendente da princesa – por um instante o antigo Rodrigo ressurgiu ele pensou – a se eu tivesse minhas armas e meu cavalo esse sujeito seria expulso daqui, eu nunca permitiria que ele forçasse a princesa casar a casar com ele - mais na atual condição dele nada poderia fazer.


Naquele mesmo dia a princesa foi apresentada ao almirante assim que viu a linda e maravilhosa jovem fico perdido de amor por ela, ele a cumprimentou e falou de seus sentimentos por ela a presenteou com joias, e vestidos luxuosos ate uma carruagem com quatro cavalos puro sangue, ele deu a ela. Mais a princesa muda apenas sorria sem graça, ele prometeu os céu e as estrelas se ela o aceitasse como marido, mais a jovem permanecia indiferente, o rei se preocupava, a cada momento que passavam juntos mais ele notava o desprezo da princesa para com aquele homem, o almirante passeio com a princesa pelos jardins, até poemas ele recitou para ela, mais nada a moça não demonstrava sentimento por ele, por fim o almirante voltou para o palácio onde estava hospedado, para ele, muito contrariado mais prometeu voltar com sua proposta de casamento.
Naquela mesma noite Rodrigo teve um sonho, o ancião da estrada aparecia, e dizia – Rodrigo sua penitência esta chegando a o fim mais aguente firme mais um pouco Deus tem planos para você – quando ele acordou pela manhã ele sorriu com esperança e pensou na princesa...
No dia seguinte o almirante Asdrúbal voltou a encontrar a princesa mais como das outras vezes a jovem recusou a proposta, então o almirante perdeu a paciência e chamou o Conde Francisco pai da moça e ameaçou - senhor rei quero casar com sua filha, vai ser bom para mim e para o senhor, não entendo a recusa dela, mais garanto que serei um bom marido – infelizmente senhor minha filha não gosta do senhor não vou obrigar ela a casar com quem ela não deseja – ao ouvir essa palavra o almirante se enfureceu e perdeu a paciência de vez ficou vermelho de raiva e esbravejou – que conversa e essa mulher não tem querer se o senhor quiser ela casa comigo depois ela aprende a me amar – não vou forçar minha filha ela casa com quem ela quiser – diz o Conde em tom enérgico e aborrecido – o almirante resmunga e então grita – pois então o senhor vai perder tudo, sua filha seu reino e ate sua vida ninguém desafia a minha vontade – o homem saiu do castelo, e foi embora para sua terra que ficava além do mar. Rodrigo num canto do salão ouviu tudo, isso.
Um mês depois uma grande esquadra chega ao litoral do Condado, os poucos navios disponíveis não eram páreos para a armada do almirante. Sendo assim a esquadra desembarcou cerca de 50 mil soldados, logo o litoral foi dominado as noticias da invasão chegaram a capital do reino o conde mobilizou seu exercito, o almirante mandou um mensageiro com ameaças que diziam – renda-se ou seu Condado será destruído ninguém desafia a minha vontade - o Conde respondeu altivamente – saia do meu condado ou haverá guerra - ele formou seu pequeno exercito eram apenas cinco mil soldados, em armas, a derrota era certa, o povo lamentava o destino no condado, alguns começaram a fugir da capital, que se chamava Bela Cruz, outros resolveram ficar e tentar resistir, Rodrigo lá nas profundezas do canil ouviu tudo e esperava... no dia da grande batalha o Conde e seu pequeno exercito e seus cavaleiros leais se puseram em marcha para expulsar o exercito invasor, todos sabiam que era uma missão suicida, eles não tinham a menor chance de vencer, mesmo assim marchavam, os soldados se despediam de suas famílias sabiam que era uma missão sem volta ,a princesa em prantos se despediu do pai, o exercito saiu a o anoitecer e chegaria a o amanhecer para a guerra, então rodrigo teve um sonho nesse sonho o monge aparece, e fala- rodrigo sua provação esta chegando a o fim, vai ate a gruta que se encontra no meio dos jardins palacianos lá você encontrara o seu destino - no meio da penumbra rodrigo sorrateiramente se levanta e anda como um homem até a gruta, sem saber que dois olhos azuis viram ele entrando na caverna, eram os olhos da princesinha que por acaso passeava pelos jardins avistou aquele vulto, indo ate a caverna, a menina curiosa seguiu o estranho, logo reconheceu o homem cão , sem que Rodrigo soubesse , ele entra na caverna, lá ele tem uma visão extraordinária em meio a um brilho resplandecente ele vê um cavalo , uma armadura dourada e armas. Quando ele viu logo ele compreendeu, por um passe de magica a barba, o cabelo cumprido sumiu de repente Rodrigo se viu de volta a sua antiga gloria, em nada lembrava o sua condição de homem cão, era o belo e forte Rodrigo filho do Duque Godofredo, vestindo a armadura e com as armas, logo subiu no cavalo, então de um salto ultrapassou as muralhas do palácio do conde, e disparou noite adentro seu cavalo não galopava voava seu cavalo branco um corcel maravilhoso. O cavaleiro de armadura dourada, logo alcançou o campo de batalha bem no momento que o exercito do Conde se confrontava com o exercito do almirante, ele levanta a viseira de seu elmo, seu rosto denotava coragem, e poder, ele galopa com fúria, e brada – as armas homens, avante coragem, lutem por suas famílias, pelo seu suserano e por suas vidas – os oficias do Conde se perguntavam atônitos – quem é esse cavaleiro de armadura dourada? de onde ele veio? – mais isso não importava os soldados encorajados pelo cavaleiro misterioso pegam em armas e avançam destemidos, o exercito do almirante, fica surpreso com a coragem daqueles soldados que mesmo sendo tão poucos avançam resolutos, Rodrigo, guerreiro experiente, e destemido, assola o campo de batalha como um furacão, ele ataca derruba e derrota dezenas de adversários, aquela antiga força sobre humana retorna, a fúria do Rodrigo do diabo, mais agora era por uma causa justa, ele lutava mais com nobreza e pela justiça, encorajados pelo exemplo os homens do rei se multiplicam em campo, pareciam agora ser um exercito imenso tamanha a fúria com que combatem, os cavaleiros do rei combatem, sob a liderança de Rodrigo, ele grita, orienta indica os caminhos para a vitória no campo de batalha, em meia hora de fúria e sangue o exercito invasor é varrido desbaratado aniquilado, eles são expulsos o almirante e obrigado a engolir seu orgulho e arrogância, e bate em retirada, sem conseguir acreditar no que testemunhava ele nunca tinham perdido uma batalha , derrotado e humilhado ele retorna aos barcos com seu soldados feridos e abatidos.
O condado inteiro festeja a vitória, mais todos se perguntam quem era o cavaleiro misterioso com a armadura dourada? – apenas uma pessoa sabia quem era o herói misterioso que desapareceu depois da batalha, a princesa ela sabia que era o homem cão aquela que todos desprezavam, a garota estava pasma ela viu o cavaleiro dourado voltar da batalha na escuridão da noite, enquanto seu pai e todos os nobres comemoravam a vitória, ela viu o cavaleiro chegar entrar na gruta e depois saiu o homem cão, andando de quatro barbudo, cabeludo e sujo como sempre, ela não entendia porque ele não se revelava? Porque insistia em viver como um cão? Sendo um herói? Mais como ela não falava, ela não conseguia revelar aquilo que só ela sabia. Em toda parte era só o que se falava quem era aquele cavaleiro misterioso? De onde ele vinha? Porque fugia do campo de batalha após a vitória? Por que não revelava sua identidade? Determinado a saber quem era o cavaleiro misterioso o Conde resolveu publicar um decreto – aquele que conseguir revelar a identidade do cavaleiro misterioso receberá uma grande recompensa em moedas de ouro – o tempo passou mais ninguém fazia ideia quem era o misterioso cavaleiro, aprincesa tentava em vão esclarecer a verdade mais ela não falava e nem sabia escrever (nos tempos antigos as mulheres mesmo da nobreza não recebiam educação formal se esperava que elas desempenhassem apenas seu papel de mãe e esposa).

Mais o almirante não desistiu, formou um exercito ainda maior, e voltou a ameaçar o reino novamente, todos esperavam uma intervenção miraculosa do cavaleiro misterioso, mais agora o rei estava empenhado em saber quem era o salvador do seu exercito, então ele determinou que três de seus melhores cavaleiros devesse vigiar o campo de batalha e quando o cavaleiro misterioso surgisse à missão deles era capturar o guerreiro e traze-lo a presença do Conde para ele poder recompensa-lo e honra-lo da forma apropriada.
O exercito do almirante desembarcou sem resistência, e da mesma forma seguiu para a capital do reino, o rei e seu exercito foram ao encontro, uma grande batalha ocorreu, no meio da refrega, quando o exercito do rei parecia fadado a ser aniquilado, eis que surge como um raio, Rodrigo montando seu possante corcel branco brandindo sua espada assolando o campo de batalha como se fossem mil guerreiros em um único cavaleiro, a sorte da batalha muda drasticamente de quase derrotado o exercito do Conde se agiganta e orientado e incentivado pelo misterioso cavaleiro eles prevalecem e o grande exercita invasor e desbaratado e derrotado. Mais uma vez o almirante volta com o rabo entre as pernas humilhado e batido. A fama do cavaleiro misterioso corre o mundo os soldados do exercito invasor só falam no misterioso guerreiro, alguns o chamam de guerreiro fantasma porque surgi de repente não sabe de onde e da mesma forma desaparece do campo de batalha.
Os cavaleiros do Conde quem tinham a missão de captura-lo fracassam, totalmente era impossível prende-lo no final do combate ele simplesmente bateu em retirada a todo galope, os três cavaleiros cavalgaram atrás dele mais a montaria do misterioso cavaleiro era veloz de mais e eles o perderam de vista. Mais uma vez a princesinha viu o cavaleiro misterioso surgir na escuridão da noite pelos jardins do palácio, ir para a gruta, e uma hora depois surge o homem cão sujo, cabeludo e maltrapilho que volta para seu lugar no canil. A pobrezinha não entendia porque ele queria continuar vivendo na sarjeta sendo ele um herói? Ela não sabia que era a penitência pela vida de crimes que ele tinha levado.
Dois meses depois o almirante volta com um exercito ainda maior, dessa vez ele preparou uma força especial para pegar o cavaleiro misterioso, ele buscou nos quatro cantos da terra os melhores e mais aguerridos guerreiros, juntou uma força de 20 cavaleiros de elite, os melhores entre os melhores, chegaram confiantes, o almirante contratou esses cavaleiros pagando uma fortuna em ouro, a missão deles era uma só, caçar e matar o cavaleiro misterioso, se ele fosse morto à vitória seria certa, eles ficariam de prontidão , quando o guerreiro fantasma surgisse eles atacariam, após matar o cavaleiro misterioso sua cabeça deveria ser cortada e exibida para que todos vissem desmoralizando o exercito do Conde. Por sua vez o próprio Conde também preparou uma tropa de 20 cavaleiros cuja a missão era perseguir o cavaleiro misterioso e descobrir para onde ele ia depois da batalha, se não fosse possível capturar ele então saber para onde ele iria seria o bastante. Nas profundezas do canil, Rodrigo nem desconfiava desses planos mais a noite ele teve um sonho o andarilho surgiu e o avisou que uma força especial tinha sido criada para mata-lo custasse o que custasse. Rodrigou ficou assim alerta ele sabia oque fazer já tinham enfrentado situações semelhantes no passado.
Chegou o grande dia, o rufar dos tambores anunciavam a batalha, os exércitos perfilados, o almirante a frente de um imenso contingente de combatentes, certo da vitória, dessa vez o misterioso cavaleiro não poderia salvar o exercito oponente da derrota, no campo oposto um exercito pequeno mais determinado, confiante que seu campeão misterioso surgiria para conduzi-los a vitória, mais antes os arqueiros do exercito do almirante disparam uma salva de flechas sobre o exercito adversário, o Conde observa no seu acampamento cercado de sua guarda pessoal, estão todos apreensivos, apos a chuva de dardos a cavalaria dispara pelo campo seguido da infantaria, as forças do Conde em menor numero ficam na defensiva, esperando o turbilhão humano que avançava , eram mais de 100 mil homens armados nunca se viu tamanho exercito, o Conde contava com apenas 15 mil combatentes na maioria camponeses pobremente armados, apenas 50 cavaleiros guerreiros profissionais, o inimigo dispunha de 500 cavaleiros e 20 mil soldados profissionais mercenários, o resultado era esperado o massacre do exercito defensor, o almirante assistia o embate de um ponto elevado, quando os dois exércitos se encontraram a massa humana do almirante se dobrou sobre o pequeno exercito do rei num abraço mortal, os soldados do Conde formaram um circulo defensivo e lutavam bravamente a cavalaria galopava a o redor derrubando e matando muitos combatentes a cavalaria do Conde se dispersou atacada por todos os lados eles recuaram para uma posição mais favorável, nisso vários cavaleiros são derrubados e abatidos, a situação esta critica, a luta parecia que seria rápida com a derrota do exercito do Condado de Miramar, mais ai eis que surge no horizonte uma nuvem de poeira, parecia que um grande exercita se dirigia ao campo de batalha, era o campeão Rodrigo brandindo sua espada veloz como o vento mortal como o fogo.
Assim que os soldados do almirante viram a terrível visão do cavaleiro dourado, perderam o ímpeto inicial, os defensores do rei, tomados de Entusiasmo, contra atacaram com fúria, a visão do cavaleiro misterioso injetava uma dose extra de animo e de coragem, com seu elmo levantado Rodrigo berrava ordens e incendiava o campo de batalha, literalmente sua espada tinha algo de mágico é sobrenatural, ela faiscava e queimava tudo que tocava, seu cavalo corria veloz, ele circulava entorno de grandes grupos de soldados, abatia inúmeros e depois fazia o mesmo com outro grupo, de modo que logo de 50 a 100 combatentes jaziam mortos, isso apavorava os demais combatentes muitos quebravam suas formações compactas e debandavam tomados de um pânico terrível, os soldados do Conde então os perseguiam e os abatiam as centenas, logo o caos toma conta das tropas do almirante os oficias não conseguem conter seus homens que fogem amedrontados, era como se Rodrigo se multiplicasse no campo de batalha, ele parecia estar em toda parte gritando ordens, incentivando e orientando os soldados, a cavalaria inimiga por sua vez também se desorganizava, vários tentavam em vão derrubar Rodrigo, seus cavalos não eram rápidos e ágeis o suficiente para manobrar e alcançar o cavaleiro misterioso, ele evitava os atacantes, com manobras equestres nunca antes vistas, por fim ele encarava alguns e os abatia como moscas, sua lança rompia as armaduras com facilidade e rapidez, o cavaleiro inimigo mal tinha tempo de se posicionar e logo se via derrubado de sua montaria, sem contar a força descomunal de Rodrigo, ele desmontava erguia pedras enormes e as atirava contra os inimigos, derrubando muitos, um único golpe de sua pesada mão derrubava vários soldados inimigos, seu corpo era atingido por flechas e golpes de espadas, mais sua armadura nem ficava arranhada ele era invulnerável, - fujam não é um homem é um demônio - berravam os combatentes em pânico, Rodrigo matava, mais somente em combate justo, ele jamais matava um cavaleiro que caia do seu cavalo, sua luta era uma luta justa e defensiva, no fim a maior parte do exercito invasor bate em retirada. Mais, dessa vez foi diferente, enquanto Rodrigo percorria o campo de batalha eis que surge a tropa de elite do almirante cuja a única função era matar o campeão do exercito do rei, o s 20 cavaleiros arrogantes ate então haviam apenas observado a refrega, mais agora entravam em ação, julgavam que Rodrigo exausto pela batalha não teria condições de enfrenta-los em combate aberto, como estavam enganados, Rodrigo não era um homem comum ele tinham uma força sobre humana e uma habilidade extraordinária no manejo das armas, além da armadura encantada, invulnerável, os cavaleiros cercam Rodrigo um deles - berra - morte ao cavaleiro dourado - eles atacam, não ha palavra para descrever oque aconteceu, de repente aquela fúria cega e selvagem renasceu dentro de Rodrigo, ele abateu todos os cavaleiros em poucos minutos estavam todos mortos , apos isso ele dispara em seu cavalo , nisso os cavaleiros designados pelo Conde para persegui-lo e se possível captura-lo , galopam atrás dele, mais apos três minutos de perseguição o cavalo encantado do cavaleiro dourado se afasta deixando todos para trás mais antes que eles o perdessem de vista , um cavaleiro atira uma lança que atinge a única parte do corpo de Rodrigo vulnerável, não coberto pela armadura, a perna esquerda num ponto na panturrilha , a lança acerta e causa um pequeno corte, mais logo o Rodrigo e seu cavalo desaparecem na mata e somem de vista .
Mais tarde como sempre acontecia, Rodrigo retorna a noite ao Palácio do rei, protegido pela escuridão ele atravessa os jardins que circundam o Palácio vai direto ate a gruta misteriosa , mais uma vez a princesinha assisti seu herói surgir impávido, mais dessa vez ele esta diferente arrasta ligeiramente uma perna, aparentemente ferida, ele entra na gruta, meia hora depois surge agora como o homem cão, sujo, descabelado e barbudo, e arrastando uma perna, mais fica de quatro e sai engatinhando vai para o canil e ali adormece.
No Condado era só oque se falava, os soldados que voltavam da batalha contavam as proezas impossíveis do cavaleiro misterioso, o conde chamou os cavaleiros designados para perseguir o cavaleiro extraordinário, mais com pesar eles informam que não conseguiram alcançar o tal cavaleiro, mais um deles diz - majestade eu consegui feri-lo levemente na perna, dessa forma se encontrarmos um cavaleiro que arraste uma perna talvez seja ele, - hum interessante esse segredo deve ficar apenas entre nós, vamos realizar um torneio que envolva todos os cavaleiros do reino se um deles estiver mancando de uma perna então será o nosso herói, mais se lembrem de ninguém pode saber desse segredo se não vão aparecer milhares de cavaleiros mancos reclamando sua recompensa - sim e verdade meu senhor - diz um dos cavaleiros.
O grande torneio em comemoração pela vitória foi marcado, centenas de cavaleiros surgiram para a justa, o rei estava ansioso para descobrir quem era o misterioso cavaleiro, ele estava disposto a dar a mão da filha em casamento e muitas riquezas como recompensa, apenas a princesinha sabia quem era mais ela não podia contar, pois era muda e nem sabia escrever.
No grande dia num grande campo aberto foi montada uma arquibancada, milhares de súditos do Condado estavam ali reunidos, o pobre Rodrigo estava presente num canto próximo de onde se encontrava o rei e sua coorte, assistia tudo aquilo seus olhos se enchiam de lagrimas lembrando-se do triste dia quem tinham matado o cavaleiro oponente de forma Barbara e cruel, o dia que marcou seu banimento de sua casa, e o inicio de sua vida de misérias e crimes, agora estava ali como um animal, sujo e miserável.
As justas prosseguiram pelo resto do dia mais nenhum dos cavaleiros, surgiu mancando, mais uma vez a identidade do cavaleiro misterioso iria continuar sendo um mistério.
Duas semanas depois, o almirante mandou um emissário ate o Conde, o mensageiro entregou uma carta, dizendo - senhor Conde Francisco de Orleans esta na hora de acabarmos com nossas desavenças, não é certo nossos povos, continuarem sangrando em batalha, vamos fazer a paz, eu me comprometo a ir até seu reino sozinho e desarmado para negociar a paz - o Conde ficou surpreso com a proposta mais aceitou ele também já estava farto de tanta matança, não era certo continuar aquele conflito, naquele mesmo dia ele chamou a princesa e disse - filha já houve grandes batalhas nosso povo não pode continuar sofrendo, apenas por causa de um capricho seu, eu resolvi que para estabelecer a paz entre nosso povo e povo do almirante e necessário que você case com ele - a pobrezinha baixou os olhos aflitos, com lagrimas nos olhos ela preferia a morte a casar com aquele bruto, mais por outro lado ela entendia que todo aquele sofrimento devia acabar e se resignou a fazer aquele sacrifício pelo bem de seu povo - a noticia correu todo o Condado, muitos lamentaram outros comemoram estava na hora de acabar com aquela guerra estupida, logo o Conde mandou um mensageiro informar o almirante que aceitava sua proposta de paz. Sendo assim uma semana depois o almirante chegou sozinho e desarmado, montava seu cavalo negro envergava sua armadura dourada talvez tentando imitar a armadura do cavaleiro misterioso, quando Rodrigo soube disso tudo ouvindo os rumores, e ficou preocupado - ó não a princesinha vai ser forçada a casar com aquele bruto, se pelo menos eu pudesse revelar quem eu sou - mais ele não se atrevia ele tinha de cumprir sua penitencia para purgar todos os seus pecados naquela noite o andarilho surgiu em sonho e disse - em breve sua penitencia vai findar aquente firma só mais um pouco meu filho Deus planos para você. – Rodrigo acorda com esperança de ainda ser feliz.
O Condado estava em festa o almirante e a princesa iriam se casar, por mais que ela detestasse aquele homem ela não podia recuar, tinha de cumprir sua obrigação para com seu povo e seu pai, o bruto fazia mil planos, ele não tinha esquecido as humilhações que tinha sofrido ele pretendia castigar a princesa, iria humilhar a mocinha faze-la pagar por seu orgulho depois que eles se cassassem ele pretendia torna a vida dela um inferno, e depois que o rei o morresse se tornaria senhor daquele estado, ele tinham a intensão de governar com tirania e opressão aquele povo que havia desafiado sua vontade, seu plano era a partir dali criar um império para si mesmo. A pobre menina chorava todo dia de tristeza pensando no seu terrível casamento.
A igreja estava lotada toda coorte estava reunida, príncipes e reis de todo o mundo conhecido haviam chegado para cerimonia e a festa de casamento, a princesa entrou toda vestida de branco, de olhos baixo muito tristes, e os músicos tocavam uma alegre melodia. Apesar disso como era linda o conde seu pai a segurava pela mão no altar o padre esperava a o seu lado o "noivo" o Almirante seus olhos brilhavam de perversa alegria iria realizar seu sonho, a pobrezinha era conduzida como quem vai para o matadouro, como ela não falava apenas acenaria com a cabeça quando o padre perguntasse se ela aceitava casar com o Almirante, a garota sobe o altar o almirante a toma pela mão o pobre Rodrigo esta num canto assistindo a tudo muito triste ele já amava tanto a princesa, mais antes que a cerimonia começa-se algo extraordinário acontece, da porta de entrada da grande igreja, uma figura andrajosa, um andarilho de barbas brancas e compridas segurando um cajado, o ancião surge resoluto, e brada em alta voz - pare a cerimonia - todos olham atônitos quem ousa interromper aquele casamento! o monge prossegue - tenho algo muito importante para revelar, - o Conde brada - quem é o senhor? Como se atreve a interromper essa cerimonia - quem eu sou não importa, o importante é oque tenho para dizer - o corajoso ancião caminhando com passo firma vai até o altar da igreja, num canto Rodrigo assiste aquilo maravilhado - os olhos de todos então sobre aquela figura estranha, um silencio sepulcral se instala-la os olhos do ancião percorrem o salão repleto de gente, o almirante se impaciente e grita - vamos acabar logo com essa palhaçada, guardas tirem esse velhote maluco daqui - mais ali o velho lança um olhar de raiva e indignação para o almirante e diz - senhoras e senhores eu tenho algo muito importante para contar então ele olha para Rodrigo e fala - levante-se Rodrigo de Gusmão, mais conhecido como Rodrigo do Diabo - todos prenderam a respiração por um instante, milhares de olhos se arregalaram, todos sabiam quem era Rodrigo do Diabo - então o homem cão, cabeludo, sujo e maltrapilho se ergue fica em pé e responde - eu sou Rodrigo de Gusmão filho do conde Godofredo de Gusmão e da condessa Olivia de Gusmão - fala em alto e bom som, uma vez forte grave e poderosa - ao ouvir aquela declaração extraordinário daquele que todos consideravam um louco, a princesa deu um grito de emoção e falou milagrosamente - é ele, ele é o cavaleiro misterioso, foi ele que venceu as batalhas é ele - a surpresa deu lugar a perplexidade a princesa falou era um milagre, o conde ria e chorava e abraçava a filha, a coorte inteira dava vivas e graças a Deus e todos gritavam - milagre, milagre - foi ai que o andarilho falou - senhoras e senhores me escutem essa é a historia de Rodrigo do Diabo - o monge contou todo de forma mais resumida possível, todos ficaram maravilhados com a revelação, mais faltava à prova final - o conde indagou - bem se ele é o cavaleiro misterioso então me mostre sua perna, pois um de meus oficiais o feriu na perna na ultima batalha - Rodrigo mostrou a perna e de fato havia um pequeno corte, isso confirmava tudo mais tinham mais o andarilho falou - para provar ainda mais que ele é seu campeão, mande dois soldados ate uma certa gruta ali encontrara a prova definitiva, - dois soldados foram até o lugar indicado onde encontraram para surpresa deles uma gruta, ali estava o cavalo, a armadura e as armas do cavaleiro dourado imediatamente eles trouxeram para a igreja, uma alegria contagiante tomou contas de todos ali estava o cavaleiro misterioso todos cumprimentavam Rodrigo, a princesinha desceu do altar e sem hesitar abraçou Rodrigo ela olhou para o pai e disse - meu pai e com ele que eu quero me casar - o conde ficou radiante - sim filha, ele será seu marido - foi ai que o almirante se enfureceu - oque você esta dizendo, ? Está maluco? Esse impostor, esse mentiroso? Este verme sujo? Vai casar com a princesa, nunca se ela não pode ser minha não será de mais ninguém - o almirante agarrou a pobre princesa sacou uma faca antes que qualquer um pudesse impedir, esta prestar a cortar o pescoço dela, quando num abrir e piscar de olhos a pesada mão de Rodrigo agarrou o pulso do almirante , o bruto soltou a princesinha que correu para os braços do pai, Rodrigou ergueu o almirante como se ele fosse um boneco de pano ele se debatia, e grita - como ousa me agarrar seu cão - Rodrigo olhou bem nos olhos dele, e torceu o braço do almirante até que ossos estalaram e quebraram, o almirante gritou de dor, Rodrigo atirou o bruto no chão com o braço quebrado, apesar da dor lancinante ele ainda se levantou e com a faca tentou atacar Rodrigo, ele desarmou o almirante facilmente deu um poderoso soco na cara dele, que arrancou todos os dentes de seu rosto e destruí-o a mandíbula do homem que voou pela igreja e se estatelou na porta de Entrada da Igreja, e caiu morto numa poça de sangue com ele morreu todas as suas maldades e sonhos de grandeza.
Rodrigo é levado imediatamente para o palácio ali foi banhado e perfumado e teve a barba raspada o cabelo e as unhas cortados, e foi adequadamente vestido, quando retornou todos ficaram pasmo diante da transformação, o homem cão cedeu lugar um belo e imponente homem de quase 2 metros de altura, forte como um touro, de olhar altivo e nobre, a princesa não cansava de falar e ria e abraçava e beijava Rodrigo, o Conde por sua vez não cabia em si de alegria tinha recuperado a alegria da filhinha e ganhado um genro, nobre e corajoso futuro general de seu exercito e herdeiro do trono, naquele mesmo dia foi celebrado o casamento sendo assim Rodrigo de Gusman, se tornou o futuro herdeiro do trono daquele Condado , um ano depois a princesa deu a luz a um belo garoto que recebeu o nome de Roberto de Gusmão, quanto a o andarilho apos permanecer algum tempo ao lado de Rodrigo no reino ele foi embora continuar sua jornada pela vida.









 
ideraldoluis
Enviado por ideraldoluis em 24/12/2018
Alterado em 19/04/2019


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras