meus contos meus assombros

quando o inferno estiver cheio os mortos andaram pela terra

Textos


a menina do quadro



Quando eu entrei na sala, vi, um quadro , de uma linda menina, chorando, ela se chamava vitoria ,( o nome dela estava escrito num canto esquerdo da pintura ) fiquei olhando aquele quadro, era tão estranho , parecia tão real, eu fiquei curioso para saber a historia daquela pintura, perguntei a o funcionário do museu quem tinham pintado aquele quadro , ele não soube informar, disse que aquele quadro havia aparecido misteriosamente no porão do museu, ninguém sabia a origem, não havia registro da chegada desse quadro ao museu, ele só sabia , que os funcionários da manutenção o encontraram, mais o que chamou a atenção foi fato de que acontecimentos sinistros envolviam aquela pintura, os homens que encontraram o quadro, e que tocaram nele e o limparam morreram num período de apenas uma semana depois, ele me contou que a noite ele mesmo já ouviu um choro de menina vindo do lugar onde o quadro estava exposto mais quando ele chegou não havia ninguém , o funcionário disse que não foi a única vez que ele tinha presenciado isso, outra vez um colega de trabalho, viu uma garota andando pelo corredor do museu, mais quando ele se aproximava a criança sumia, alguns visitantes também tiveram essa visão uma garotinha andando e chorando pelos loca onde se encontrava o quadro sinistro .Curioso com o fato , eu resolvi investigar o tal quadro, procurei informações com os diretores do museu, mais ninguém soube explicar a origem ou mesmo o autor do quadro, aquele quadro me intrigava eu olhava para os olhos da menina, e eles brilhavam para mim, eu podia quase ver lagrimas escorrendo pela superfície dele , de fato um dia eu vi o brilho de uma lagrima escorrendo pela face da menina do quadro . Fiquei espantado quando vi a lagrima chamei alguém e pedi para observar se de fato isso havia acontecido , porem a pessoa disse que não viu nada, no outro dia voltei a o museu e vi de novo o quadro verter lagrimas dos olhos da menina, grandes gotas brotavam dos olhos da pintura perguntei a uma senhora que visitava o museu com a filha e ela disse que não via nada, intrigado me aproximei e toquei no líquido, era real, coloquei na ponta da minha língua e era salgado como uma lágrima de verdade, a partir desse instante resolvi desvendar esse mistério e entender porque só eu via as lagrimas. Fui então a um grande arquivo nacional, com registro de milhares de quadros , assim que digitei o nome ( quadro de uma menina chorando chamada vitoria) na tela do computador, surgiu para minha surpresa informações sobre o quadro, o pintor, se chamava Antonio de Pádua, fiquei sabendo que ele tinha morrido a alguns anos, ele era um pintor que não conseguia vender seus quadros, mais de uma forma estranha ele começou a vender muitos quadros e ganhar muito dinheiro, e o tema era sempre o mesmo, crianças que choram, de alguma forma as pessoas se sentiam atraídas por aqueles quadros , mais talvez o quadro que mais impressionava era justamente o quadro de Vitoria, justamente o quadro que eu estava investigando, pensei que talvez houvesse de fato algum mistério envolvendo aquela pintura, procurei um amigo meu que entendia de ocultismo ( mistérios ocultos para a maioria das pessoas ) fui a casa dele , que ficava num bairro afastada de Natal, quando estava em meu carro vi na Av. Prudente de Morais uma menina parada esperando um ônibus, para minha surpresa ela tinha a cara de Vitoria, a menina do quadro , parei o carro e sai mais quando olhei em direção a o ponto de ônibus ela não estava lá, fiquei arrepiado e olhe que não costumo ter medo fácil das coisas .
25 anos antes
Quando a policia entrou no ateliê de Antonio de Pádua, o lugar estava todo revirado, havia muitos quadros inacabados pelo chão , papeis rasgados, pinceis e tintas espalhados.
Então perto de uma escrivaninha pendurado numa corda estava o pintor enforcado e na mão direita um papel amassado com alguma coisa escrita o detetive Lucas ficou impressionado com o que estava escrito “ eu sou culpado eu sou culpado “ ele não entendeu não consta que ele havia cometido algum delito que pudesse incrimina-lo , num canto do atelier coberto com um pano preto, eles acharam um quadro, que tinha sido o ultimo a ser terminado, o retrato de uma linda menina chorando, e um nome escrito num cantinho “Vitoria”.
De volta ao presente
Quando cheguei a casa do meu amigo, ocultista, após comprimenta-lo , fui direto a o ponto indaguei sobre o tal quadro, ele me disse que sabia das historias envolvendo o tal quadro disse que havia rumores, de que Antonio de Pádua havia feito um pacto com o demônio e a partir disso ele passou a vender muitos quadros, e ganhar muito dinheiro, apesar dos críticos de arte dizerem que os quadros dele serem bobagens sentimentais, mais o público adorava as pinturas e Antonio as vendia em grande número,. Vale ressaltar que todas as pessoas que compravam os quadros do pintor, acabavam se arrependendo por que coisas horríveis aconteciam , desastres e mortes tanto que a lenda de uma maldição passou a circular entre as pessoas da comunidade .
Mais um dia ele pintou o quadro da menina que chora que se chama vitoria, o único quadro que teve um nome, e foi o ultimo da vida de Antonio , pois nesse mesmo dia ele tirou a própria vida, se enfocando, como Antonio não tinha família ou parentes conhecidos o quadro foi parar num depósito da prefeitura, o restante das telas mesmo as inacabadas foram vendidas e o dinheiro foi doado a caridade , mais apenas o quadro da menina, foi esquecido no porão , durante 6 anos o quadro ficou sumido , até que um dia a cerca de 4 anos atrás quando alguns funcionários do museu estavam fazendo uma faxina geral eles acharam a pintura, consta que riram, achando o quadro feio, depois que souberam que o quadro era de um pintor famoso, tiraram fotos e fizeram brincadeiras com o quadro , bem uma semana depois todos eles haviam morrido de maneira trágica , depois disso o quadro foi colocado em exposição um admirador de Antonio de Pádua , compro o quadro e o levou para sua casa, apenas 2 semanas depois houve um incêndio na casa dele e todos morreram queimados, a casa inteira pegou fogo mais apenas o maldito quadro ficou intacto , o malfadado quadro voltou para a exposição , e desde aquele dia a quatro anos que ele está aqui, felizmente não aconteceu mais nade de trágico, apenas , fenômenos estranhos, como aparições e sons estranhos.
Após ouvir esse relato fiquei ainda mais interessado pelo quadro, resolvi desvendar esse mistério de qualquer forma, em não acredito na maldição do quadro, vou estudar esse quadro e os fenômenos que o envolvem há sim um detalhe quando eu disse a meu amigo ocultista sobre o fato de eu ter visto uma lagrima escorrendo nos olhos da menina, ele ficou preocupado - tome cuidado Erick , ouvi falar que todas as vitimas do quadro diziam ter visto ela chorar apesar de a maioria das pessoas não acreditar nisso , e acabavam morrendo .
- mais não liguei para essa suposta maldição isso apenas me deixou mais interessado em estudar o quadro.
um ano depois
As sirenes da policia soavam alto quebrando a monotonia daquela manhã ensolarado de domingo , as viaturas pararam em frente a o museu, onde o corpo do advogado Erick Mendonça 52 anos era colocado em um camburão do ITEP , de dentro do carro da policia salta o delegado Lucas ferreira, um veterano da policia perto de se aposentar, talvez o único entre todos que ali estavam ( curiosos, repórteres, policiais, médicos e técnicos do ITEP) que sabia o que havia acontecido com o doutor Erick, o velho policial, olhava perplexo para o corpo sem vida do advogado, ele sabia porque ele havia morrido. Entrando no museu ele foi direto ao lugar onde a tragédia havia acontecido, a pequena saleta onde o maldito quadro (menina chorando com nome de vitória) estava exposto, chegando lá viu aquela bagunça, câmera infravermelha e espectrômetros quebrados, jogados no chão, câmera de visão noturna também destruída, gravadora e aparelhos de medição de campos eletromagnéticos, desmantelados, porem não havia sangue, nem impressões digitais suspeitas, Lucas olhou para o quadro maldito, aquela expressão de tristeza e desalento da menina, escondia uma sinistra satisfação com o que havia acontecido, Erick se tornou mais uma vitima da maldição.
De volta a o presente
Segundo o Dicionário Aurélio obsessão é uma idéia fixa uma preocupação constante assim pode definir Erick, um obsessivo, ele queria descobrir o mistério do quadro de qualquer maneira, pesquisa e investigava tudo a respeito do quadro, todos os dias ele ia ao museu, já nem trabalhava direito, os amigos e conhecidos estranhavam a mudança de comportamento de Erick, ele pesquisava em livros sobre o sobre natural, a comprou equipamentos para caçar fantasmas, câmeras de visão noturna, e infravermelhas, gravadores EFV e convencionais detector de campos eletro magnéticos. Após eliminar todas as possibilidades naturais para explicar o fenômeno das lagrimas ele conclui que só podia ser sobre natural , então ele montou os equipamentos, e resolveu passar a noite inteira no museu vigiando o quadro ele estava determinado a descobrir mesmo que isso custasse a vida dele ou a sanidade.
Por cinco noites Eric vigiou a pequena saleta onde o quadro estava mais nada acontecia, até que na sexta noite, ele estava quase sendo vencido pelo sono, era por volta da 3 horas da madrugada, então uma a luz piscou e um alarme foi acionado, o detector de campos eletromagnéticos identificou uma anomalia e foi acionado, Erick eufórico e ao mesmo tempo fascinado olhou e viu na tela da câmara de infravermelho um vulto azulado, pairando pela saleta, ele olhou o monitor da câmara de visão noturna e viu La estava o espectro translúcido de uma menina de cabelos vermelhos, caminhando pelo quarto, ele viu pasmo, a aparição desaparecer aparentemente entrando no quadro, Eric, foi até a saleta, mais nada viu, ligou o gravador, e ouviu um sussurro muito baixo, “ele esta vindo ele esta vindo” depois ouviu o choro de criança, no dia seguinte Erick, se preparou para encarar o espectro – vou confrontá-lo tenho de saber quem ele é porque só eu vejo o quadro chorar, preciso saber - ele estava determinado, nada mais importava, esclarecer o mistério era tudo que ele queria.
Na noite seguinte, Erick, esperou o espectro aparecer, por volta das 3 horas da madrugada ele viu no monitor o espectro pairando pela saleta, desligou a câmera e foi até a cômodo, chegando lá, ligou a luz da sala e ficou de frente para quadro olhando nos olhos da menina que chora, ele berrou – quem é você, porque esta aqui, e porque só eu vejo você chorar? - nesse instante, Eric, arregalou os olhos, ficou paralisado de terror, ficou gelado e paralisado olhando algo no quadro. Cortando o silencio da noite, se ouviu um grito de terror, os vigias chegaram até a saleta e encontraram o advogado caído no chão, paralisado, seu coração batia aceleradamente, os vigias telefonaram para a policia e para o SAMU. Os homens tentaram reanimá-lo em vão ele continuava ali no chão parado, petrificado, nisso um dos vigias notou que o advogado balbuciava algo encostando a orelha na boca dele pode ouvir, bem fraco quase inaudível “eu sou culpado, eu sou culpado” então o coração parou Eric se tornou mais uma vitima da maldição do quadro, o detetive Lucas aconselhou o diretor do museu, tirar o quadro de exposição, ele tirou o quadro e colocou em um cofre fechado num recanto do no porão, do museu mais tarde o cofre foi levado, e enterrado num terreno baldio longe do museu.



 
ideraldoluis
Enviado por ideraldoluis em 06/02/2017
Alterado em 11/07/2017
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