o tesouro maldito

A ganância e um dos piores defeitos da espécie humana o ganancioso, rouba, mata faz qualquer coisa por dinheiro essa é uma história de ambição e como ela pode destruir o próprio ambicioso.
Nossa historia se passa no México no ano de 1825. E a historia de dois amigos Pablo e Ruan, eles trabalhavam numa fazenda, perto da cidade de Santa Fé no estado de Xiapas. A função deles era levar a produção de algodão, no lombo de mulas, para a pequena cidade , era um tipo de tropa, como as que existiam no interior do Brasil no século XIX, eles vendiam e parte do apurado ficava com eles como forma de pagamento, mais era uma ninharia, a maior parte ficava com o dono da fazenda sendo assim os dois eram muito pobres, moravam na fazenda em barracos, miseráveis, ora para chegar na cidade os dois precisavam passar por um vale, não era um caminho curto , era quase dois dias inteiros de viagem numa época onde não existiam, boas estradas, todo o percurso era feito por trilhas de barro abertas na mata, a cavalo ou a pê assim eram obrigados a dormir no mato a noite pois não havia vilas ou estalagens para descansar, e para piorar a situação chovia torrencialmente. No segundo dia de viagem ao cair da noite uma forte tempestade desaba, os dois homens cobertos com suas capas de chuva procuravam um lugar onde pudessem se abrigar do aguaceiro que encharcava tudo, traziam lamparinas de óleo de peixe , para iluminar o caminho mais com a chuva a visibilidade era ainda pior. Pois bem, Pablo e Ruan estavam em dificuldades, as mulas estavam agitadas os fardos de algodão molhados, era uma situação difícil, eles precisavam encontrar um abrigo para passar a noite, mais não havia nada a não ser o mato cerrado de ambos os lados da trilha, foi então que um relâmpago iluminou a noite e Pablo viu por um vislumbre breve uma caverna encravada numa colina, era estranho eles nunca tinham ouvido falar de uma gruta naquela região mais o fato e que existia e era perfeita para passar a noite, Pablo diz – Ruan veja uma caverna – iluminando a gruta com sua lamparina – e mesmo que sorte podemos passar a noite ali – os dois e suas mulas carregadas de algodão (eram cinco mulas) eles conduziram a tropa ate a entrada da caverna perceberam que era grande e espaçosa caberia facilmente eles e os animais, desmontaram de seus cavalos, e começaram a explorar a caverna, com suas lamparinas iluminaram a escuridão e notaram que a caverna não era apenas espaçosa era comprida e se estendia profundamente, foi ai que Ruan teve um mau pressentimento , ele sentiu um arrepiou, uma sensação estranha e desagradável Ruan disse – Pablo não estou gostando desse lugar, não sei a algo maligno aqui – o outro se virou para Pablo e disse – o que você está com medo?, que bobagem e apenas uma caverna, e muito grande por sinal, quer saber vamos explorar vamos entrar e descobrir o que existe nesse lugar, quem sabe pode ter um tesouro já ouvi muitas historias que ladrões as vezes escodem riquezas em cavernas - não Pablo vamos ficar aqui mesmo eu não sei , esse lugar tem algo de misterioso e ameaçador – ora , essa você e um medroso, parecia uma criancinha com medo do escuro – não eu não sou medroso apenas acho que devíamos ficar aqui mesmo – qual nada você esta se borrando de medo, pois então seu medroso fique aqui eu vou entrar mais fundo nesse lugar – não Pablo eu não sou covarde, eu vou com você – para não passar por frouxo Ruan seguiu o amigo, - os dois foram avançado então que eles notaram um leve luz nas profundezas da caverna, - ei que luz será aquela Ruan ? - eu não sei Pablo – hum vamos descobrir – eles andaram mais um pouco e perceberam que era um tipo de tocha acesa, perceberam uma abertura na parede de pedra, eles entraram assim que penetraram ali, viram a mais extraordinária visão de suas vidas num grande salão de pedra, iluminado por tochas, um pilha de moedas de ouro e prata, num canto arcas abertas com joias e pedras preciosas, diamantes, safiras e esmeraldas, a luz das tochas refletia no metal criando um lindo cenário brilhante e dourado. Mais havia também candelabros de ouro, pratos e jarros todos de ouro, era o mais extraordinário tesouro que alguém jamais poderia ver, Pablo ficou louco dava pulos de alegria gritava e corria como um possesso , - há,há, há, há, um tesouro todo meu, estou rico , adeus pobreza, eu vou comprar terras, fazendas , escravos, estou rico, rico, há,há,haa, - ele mergulhava na pilha de moedas, de ouro apanhava as pedras preciosas as jogava para o ar, mais Ruan teve uma reação diferente ele achou aquilo muito estranho porque aquele tesouro estava ali ? quem o colocou? Havia algo de estranho porque alguém deixaria toda aquela riqueza exposta ali, aquilo não estava certo longe de sentir alegria Ruan sentia medo e desconfiança de todo aquele ouro enquanto isso Pablo berrava como um maluco – estou rico estou rico e tudo meu – Ruan porem disse – Pablo de onde veio tudo isso? Eu não estou gostando nada disso - então de repente, Pablo , parou de gritar um pensamento sinistro assaltou sua mente – espera ai, esse tesouro e meu só meu, só meu – então ele olhou para Ruan e disse – Ruan esse tesouro e meu , está ouvindo só meu – Pablo pode ficar com tudo eu não quero esse tesouro tem algo de errado aqui – nisso Ruan ilumina um canto da caverna, então avista dois esqueletos num abraço mortal um agarrando o pescoço do outro, estavam lá jogados num canto da caverna morreram lutando pelo ouro – veja Pablo dois esqueletos eles morreram lutando por esse tesouro, esse tesouro e maldito – mais Pablo não ouvia nada , ele só pensava na riqueza e o que faria com tanto ouro, havia tanto que dava para encher os fardos das cinco mulas e ainda sobrava muito, foi ai que ele olhou para Ruan e disse com uma expressão selvagem e ameaçadora – Ruan, esse tesouro e só meu, mais e se você contar aos outros sobre esse lugar eles viram e roubaram meu tesouro isso não pode acontecer – Pablo eu não quero esse tesouro, pode fiar com tudo eu prometo que não vou contar a ninguém – mais o amor ao dinheiro já dominavam o coração de Pablo – Ruan infelizmente eu não posso permitir que você conte ao mundo sobre meu tesouro – mais Pablo o que você está dizendo eu não conto nada a ninguém e tudo seu poder ficar não quero esse ouro maldito – mais ai Pablo saca uma arma , uma pistola que ele sempre levava para se defender de animais ou assaltantes na viagem, ele aponta para o amigo – não Pablo por favor não faça isso nos somos amigos a tanto tempo por favor eu não conto a ninguém eu juro – mais Pablo cego pela ganância não teve piedade e friamente atirou em Ruan, a bala atravessou a cabeça do coitado que tombou morto no chão frio da caverna. Após matar impiedosamente o amigo, Pablo pensa sem nenhum remorso, - pronto agora é tudo meu , ninguém nunca vai saber onde fica o meu tesouro, vou utilizar muito bem toda essa riqueza e quando acabar eu venho pegar mais, maravilha vou comprar todas as fazendas da região, he,he, he – Pablo só pensava no tesouro, nem lembrava dos anos de convivência com seu amigo, das vezes em que ele o ajudou, o tesouro despertou uma ambição sem limites, ele fazia mil planos . Pablo arrasta o corpo sem vida de Ruan, nisso a tempestade parou ali na entrada da gruta ele enterrou o cadáver. Pablo carregou todas as mulas jogou fora o algodão e colocou sacos e sacos de moedas de ouro e joias, depois disso ele fechou a entrada com galhos de arvores e pedras para que ninguém encontrasse, só ele poderia saber era seu tesouro e de mais ninguém. Mais os planos de Pablo começaram a não dar muito certo. Tinham parado de chover ele pensou – tudo esta dando certo pra mim, a chuva parou de madrugada eu chego na cidade, vou me hospedar numa estalagem, tenho de ter cuidado para não despertar suspeitas com meus sacos com meu tesouro, mais quando eu chegar não haverá quase ninguém na rua, vai ser tranquilo, - mais após cavalgar cerca de uns três quilômetros , Pablo começa a ouvir, sons perturbadores vindos da mata escura, gritos, risadas e vozes que murmuravam – assassino, matou o amigo, miserável vai pagar por isso, seu desgraçado – Pablo ficou irado e começou a gritar – quem esta aí? Apareça seu covarde venham me enfrentar – mais os gritos e barulhos continuavam Pablo irado com as provocações das vozes sacou sua arma e atirou para todos os lados descarregou seu revolver, sem munição ele berrava – apareça maldito? vamos venham me enfrentar – as vozes cessaram, os barulhos também mais calmo, Pablo prosseguiu sua jornada .
Quando os primeiros raios de sol surgiram, Pablo aparece pelas ruas poeirentas de Santa Fé conduzindo suas cinco mulas carregadas com sacos e sacos de moedas de ouro , mais ninguém desconfiava, Pablo era conhecido na cidade todos sabiam que ele transportava fardos de algodão da fazenda assim as poucas almas que perambulavam pelas ruas não deram maior importância a Pablo e sua tropa de mulas, ele feliz da vida foi a uma hospedaria, amarrou sua montaria e as mulas pegou um dos sacos e entrou como era muito cedo o dono da hospedaria não estava ele tocou a campainha logo surgiu o dono com ar sonolento – sim o que deseja? – escute quero o melhor quarto , o maior que você tiver eu pago adiantado – colocou um saco com moedas de ouro sobre a mesa – o dono da hospedaria estranhou que alguém com um aspecto tão miserável roupas sujas e puídas, andando por ai com aquela pequena fortuna ele pensou – será que é um ladrão? Bem não importa desde que me pague – o homem pegou o saco de moedas muito contente deu a chave de um quarto Pablo , o sujeito subiu as escadas com certa dificuldade com o saco de moedas nas costas, ele houve maravilhado o som das moedas tilintando levou umas duas horas mais ele levou todas as sacas para o quarto finalmente , ele ficou ali olhando aquelas sacas com olhos brilhando de alegria – meu tesouro , meu tesouro que maravilha parece um sonho estou rico a primeira coisa que vou fazer e comprar roupas novas, e belos sapatos – fazia planos mirabolantes sobre o que compraria com seu tesouro e depois iria buscar mais na caverna que só ele sabia onde ficava.
Mais ai, ele se dirige a primeira saca só que estranho, a saca parecia tão diferente, ele não percebia o volume das moedas, o barulho típico de moedas que ele ouvia quando andava com a saca nas costas, para seu espanto ele abre o saco, e sabe o que havia? apenas areia só isso nada de moedas de ouro ou joias – nãoooo, isso nãoooo, onde esta meu tesouro, não pode ser – ele abre outro saco apenas areia, ele abre o outro só areia, abre o outro mais areia Pablo fica desesperado – onde esta meu tesouro , que loucura é essa – eram cinco sacos quatro só tinha areia, mais o quinto e último parecia ter algo diferente fazia barulho e tinham volume quando Pablo abriu o saco , uma surpresa lá estava um misto de ossos descarnados lama e sujeira um cheiro nauseabundo de carne pobre toma conta do recinto Pablo com as mãos na cabeça em desespero grita – nãoooo e o corpo de Ruan e o corpo de Ruan – sim era o corpo do amigo que ele matou por causa do tesouro em vez do ouro e joias um corpo descarnado e podre, Pablo lamentava sua desgraça – não e possível , não é possível meu tesouro onde ele está?- foi ai que algo bizarro aconteceu, os ossos começaram a estalar o saco todo começou a tremer, e matraquear, a ossada foi se unindo se encaixando , então a cabeça meio descarnado de Ruan se ergue e se encaixa no pescoço , seus braços e pernas , vão se firmando e se levantando então o corpo descarnado e sujo com trapos imundos pendurados , fica de pé Pablo de olhos arregalados assisti aterrorizado o corpo sem vida se erguer, então das orbitas vazias do crânio , surgiu uma luz fantasmagórica as mandíbulas descarnadas se abrem e uma voz rouca e sepulcral ecoa pelo quarto – vingançaaaaaa, vingançaaaaaa – Pablo se afasta dando dois passos para trás vendo o zumbi horrendo estender seus braços para ele, de forma ameaçadora em sua direção -não afaste-se de mim, seu maldito - ele procura sua arma , mais é em vão a arma estava descarregada ele tenta fugir mais o zumbi estava entre ele e a porta do quarto, o horrendo morto vivo , avança e agarra o pescoço de Pablo que luta com ele, dá socos e pontapés mais o morto vivo se garra firmemente seu pescoço, seus dedos descarnados afundam na carne do pescoço de Pablo, e penetram fundo jorra sangue dos ferimentos e um grito de dor se houve o som dos ossos do pescoço se partindo Pablo faz uma careta de dor e horror e morre.
Na manhã seguinte, a camareira subiu ate o quarto de Pablo, bateu na porta e disse – senhor Pablo por favor, sou a camareira, preciso trocar os lenções da cama, senhor Pablo abra a porta – mais nenhuma resposta, a mulher então abriu a porta quando ela entrou - haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa – ela gritou ao ver no chão dois cadáveres, um garrando pescoço do outro se repetiu a mesma cena da caverna , dizem que de tempos em tempo a caverna reaparece a espera de outra vitima da ganancia.